27 março 2013

O que muda com a PEC das domésticas


Confiança dos empresários do setor de serviços sobe 0,3% em março

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve alta de 0,3% de fevereiro para março, o que mostra uma recuperação ainda tímida do setor no primeiro trimestre do ano, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo dados divulgados hoje (27), seis dos 12 segmentos de serviços consultados tiveram crescimento na confiança.

A pesquisa mostra que o empresário do setor está mais confiante no momento atual, mas menos otimista em relação ao futuro. O Índice da Situação Atual cresceu 1,7% no período, puxado pela melhor avaliação sobre a situação atual dos negócios.

As empresas que percebem a situação como boa passaram de 26,8% em fevereiro para 29% em março. Por outro lado, o percentual das empresas que consideram a situação ruim diminuiu de 16,4% para 14,2% no período.

O Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação aos próximos meses, apresentou queda de 0,8%, puxada principalmente pela piora da avaliação em relação à tendência dos negócios. A parcela de empresas que esperam melhora da situação caiu de 47,9% em fevereiro para 46,7% em março, enquanto aquelas que preveem piora caiu de 5,6% para 5,5%.

33 boas dicas


Não confunda


Cuidado ao falar

*Rogério Silva

"Precisamos usar nossa visibilidade para comunicar algo relevante, alguma verdade...". A frase não é minha. Foi dita por um ator a um colega meu, jornalista. Em comum, os dois trabalham com comunicação e estão expostos todo o tempo ao público, como pessoas que podem, de certa maneira, influenciar pessoas.
Num desses simpósios sobre o tema, certa vez o Willian Bonner foi perguntado sobre o porquê de jornalistas não emprestarem sua imagem e sua voz a comerciais de tv, assim como fazem os atores. A resposta dele: Jornalistas são jornalistas 24 horas por dia. Não são personagens.
Atores não são personagens todo o tempo e no momento em que estão de cara limpa precisam expressar o que sentem. Daí a importância do raciocínio do ator, citado no começo desse texto. Se temos a oportunidade de emitir uma palavra que será ouvida por receptores, que seja algo relevante, uma verdade.
O poder da palavra impressiona e posto à prova, submetido ao crivo do outro, ganha um ar documental que vira regra, lei, pode acariciar ou agredir, afagar ou ferir.
Lá nos idos da década de 1990, ainda aprendendo muito sobre relacionamento humano e sabendo quase nada sobre o poder da palavra, escrevi um comunicado interno na empresa com palavras um pouco duras, de certa forma exageradas, acerca de outro departamento. O caso foi parar na diretoria porque foi encarado como ingerência, quase ato de insubordinação.
Tentei explicar que a intenção não era aquela, mas o meu chefe à época, muito experiente, me ensinou que, se falado apenas, o conteúdo teria outra conotação. Escrito, virara documento contra mim e que pouco adiantariam meus argumentos. Melhor seria deixar que o tempo cicatrizasse.
Isso lembra a historinha bem humorada e, certamente, muito ilustrativa, sobre o filho que mora fora, onde cursa faculdade, e manda um telegrama para o pai, que o lê bem na hora do almoço, ao lado da esposa. Nele, está escrito: “Pai, manda dinheiro, o que tinha já acabou”.
O pai, tomado por uma forte irritação, esbraveja, esmurra a mesa e pronuncia palavras normalmente impronunciáveis. A mãe toma de suas mãos o telegrama, acalma o marido e diz, com açúcar nos lábios e doçura na voz: “Querido, não é assim como você interpretou. O nosso filho que dizer ‘Pai, manda dinheiro, o que tinha acabou’. Tadinho, tá longe de nós, sozinho,precisa do nosso apoio”, finaliza.   E o pai, redimindo-se: “Ah, bom. Se é assim, tudo bem”.

O papel é frio, a palavra é firme. A depender de como é entendida, tem interpretações diversas. A visibilidade neste episódio foi assumida pela mãe, que naquele momento tinha ciência e sabedoria para influenciar alguém, sobre uma mensagem enviada por um emissor a um receptor, nada receptivo.
Todo cuidado é pouco. A palavra tem poder. E não é pouco!

(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais.



Planejar é viver.

*Karim Midlej Harfush


O Planejamento Estratégico sempre foi enfoque principal nas grandes empresas. O seu estudo detalhado requer acompanhamento e atualização constante por parte dos altos cargos hierárquicos. Claro que, verificando possíveis mudanças de rumo se necessário a ou manutenção do curso, visando sempre alcançar o objetivo principal da organização.

Tal fato, infelizmente, não se constata quando se tratam das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), onde a implantação do Planejamento Estratégico é uma prática pouco utilizada. A chamada “administração a toque de caixa” (resolver os problemas conforme eles aparecem) é, segundo o SEBRAE, uma das causas principais da mortalidade e declínio desse tipo de organização. A máxima que empresas que planejam seu futuro possuem maior chance de sobrevivência e de sucesso empresarial é mais do que nunca uma verdade estabelecida.

Não há, na minha opinião, ferramenta administrativa ou processo gerencial tão importante quanto o planejamento estratégico, cujo principal objetivo na sua formulação é buscar o direcionamento, mostrar os rumos da organização, servindo como bússola, produzindo respostas a questões empresariais através de estudos do ambiente interno (potencialidades, fraquezas) e externo (oportunidades e das ameaças). O planejamento estratégico estabelece metas, objetivos e a maximização da eficiência no emprego correto dos recursos dando sustentabilidade organizacional, pormenorizando os riscos negociais.

Por conta da sua amplitude e profundidade, muitos empresários e estudantes têm dificuldades em realizar esses estudos. Como forma de facilitar o entendimento, simplificar o processo e motivar na sua realização, segue um pequeno manual de como elaborar o Planejamento Estratégico da sua empresa ou do seu negócio.

Inicialmente, deve-se fazer o diagnóstico dos ambientes - interno e externo (análise de cenário)- nos quais a empresa está competindo. É a chamada análise SWOT (acrônimo do inglês S de Strenghts – forças, Weaknesses – fraquezas, O de Oportunities – oportunidades e Threats – ameaças).

Nas análises internas (Forças e Fraquezas) deve-se verificar os aspectos que diferenciam a empresa dos seus concorrentes (são as decisões e níveis de desempenho), quais pontos são vantagens competitivas (qualidade do produto ou serviço, solidez financeira etc) e quais pontos são desvantajosos (altos custos de produção, marca fraca, dentre outros). Levante o máximo de aspectos possíveis, seja sincero e aja como se estivesse fora da empresa.

Nas análises externas (Oportunidades e Ameaças) devem ser consideradas as perspectivas de evolução do mercado. A empresa não pode controlar esses aspectos, porém deve-se conhecê-los e monitorá-los com frequência. As mudanças de hábitos e gostos dos clientes e falência de concorrente são exemplos de oportunidades que podem potencializar ainda mais as vantagens competitivas da empresa. Já a entrada de novos players (concorrentes) e a perda de trabalhadores fundamentais são exemplos de ameaças.



A próxima fase é a determinação dos objetivos organizacionais. Defina com clareza o que pretende atingir e não esqueça que o detalhamento é fundamental nesse processo. Defina as metas e identifique o público com o qual vai lidar.

Após saber onde estamos, aonde queremos chegar e com quem estamos lidando, chega a hora de traçar o caminho, colocar no papel as ações que serão necessárias para alcançar os objetivos e as metas. Só então estabeleça os recursos que deverão ser utilizados. Não leve em conta apenas os recursos financeiros, mas também os materiais e humanos.

Enfim, com esses dados em mãos, dê vida ao projeto, realize, execute e não se esqueça do controle e avaliação, levantando todos os pontos positivos, os negativos e o quanto do objetivo foi alcançado. Esse feedback servirá como balizador das próximas ações.

Mãos à obra e sucesso!
(*) Karim Midlej Harfush tem 40 anos, é Administrador de Empresas, consultor e palestrante Mágico. Empresário desde 1998 na área de telefonia e informática, Professor universitário das disciplinas Marketing, Planejamento Estratégico,  Gestão de Empresas Familiares e Teoria Geral da Administração - Colunista semanal e Gestor do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br