30 abril 2013

Água, incerteza e risco.





*Petrônio Hipólito
Caros leitores, em reportagem da edição desta semana da revista Carta Capital, o repórter Rodrigo Martins relata de Antas, município situado no Nordeste da Bahia, o flagelo da seca, considerada a pior dos últimos 60 anos. Não chove na região desde outubro de 2010 e as reservas de dinheiro da população estão acabando. Contrariando a carta de Pero Vaz de Caminha ao Dom Manoel, Rei de Portugal, em se plantando, nada dá.
A inclemência do sol que evapora rapidamente a água do solo e das plantas não devolve a umidade em forma de chuva. O clima da região é seco e a falta de chuvas cria um estresse hídrico no solo que não permite a germinação nem mesmo da mais resistente das sementes. Nem o Mandacaru (Cereus jamacaru) planta típica da região e resistente à seca está sobrevivendo. O açude de Adustina, distante 30 quilômetros de Antas, está seco pela primeira vez desde sua construção em 1960. Quem ainda tem algum recurso, envia o gado que sobreviveu para regiões mais úmidas quando não se vê obrigado a vender por preços aviltantes - a arroba do boi que valia 135 reais há três anos, hoje não paga mais que 50 – e perde a chance de repor o gado quando o clima permitir.
Sobre a água, recurso natural crítico, mal distribuído e escasso em várias regiões do planeta vamos aos fatos:
  1. Um sexto da população mundial, mais de um bilhão de pessoas, não têm acesso à água potável;
  2. 40% dos habitantes do planeta (2.600 milhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico;
  3. Cerca de 8 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e ao saneamento e higiene deficientes;
  4. Segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água.
  5. 70% da agua doce é usada para irrigação
  6. O Brasil tem 12 % da água doce do planeta
  7. Para se produzir 1kg de arroz há necessidade de cerca de 2 mil litros de agua.
Vejam abaixo como a água se distribui no planeta:







Notem que 97,5% da água planeta é salgada. Apenas 2,5% é doce mas a maior parte está confinada em geleiras e calotas polares, restando somente cerca de 1% para o consumo humano.

Boa semana a todos e até a próxima terça-feira.

(*) Petrônio Hipólito tem 54 anos, é engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP. Especializou-se em Gestão de Sustentabilidade e em Administração (CEAG) pela FGV. É palestrante e consultor. Tem sólida experiência em Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável.

29 abril 2013

Anac autoriza funcionamento de empresa aérea alemã no Brasil


Gabriel Palma
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou hoje (29) o funcionamento no Brasil da empresa aérea alemã Condor. A Decisão 37 da Anac está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira. A empresa vai operar serviços de transporte aéreo internacional regular de passageiro, carga e mala postal.
A outorga da autorização para início da operação fica condicionada ao cumprimento pela empresa das exigências previstas na regulamentação brasileira e no artigo 212 do Código Brasileiro de Aeronáutica, que determina que a companhia deverá apresentar à Anac se
us planos operacional e técnico, as tarifas entre pontos de escala no Brasil e no exterior, e os horários de voos.
A empresa estrangeira foi autorizada a operar no Brasil com capital destacado de US$ 10 mil – cerca de R$ 20 mil. A Condor, sediada em Frankfurt, na Alemanha, tem mais de três mil funcionários e transporta cerca de 6,7 milhões de passageiros por ano.
Fundada em 1955, a empresa teve a totalidade de suas ações adquiridas em 1960 pela companhia aérea alemã Lufthansa. Em 2002, a Condor passou a pertencer ao grupo britânico de lazer e turismo Thomas Cook Group.
Antes de obter a autorização para funcionar no Brasil, a Condor já oferecia voos para diversos destinos na América Latina por meio de parcerias com a brasileira Gol e com a panamenha Copa Airlines.

O que a faculdade não ensina.


Por Karim Midlej Harfush

Até o final dos anos 90 e início dos anos 2000 a quantidade de profissionais não diplomados ocupando cargos estratégicos nas organizações era grande e a mortandade das empresas acompanhava o mesmo ritmo, o mercado permitia esse tipo de ocupação, era o profissional experiente e empírico na maioria das vezes. 
Os tempos mudaram assim como as demandas do mercado, o número de ofertas de cursos universitários no país quase que triplicou durante uma década juntamente com a quantidade de financiamentos educacionais o que possibilitou a entrada de alunos que anteriormente não tinham essa oportunidade. Com o aumento do nível de escolaridade dos gestores boas notícias vieram, a expectativa de vida das empresas cresceu juntamente com o seu grau de profissionalização, tornando a empresa brasileira mais competitiva e apta a globalização. 
É sabido que uma formação universitária na área de Administração contribui e muito para o sucesso corporativo, porém existem coisas que a faculdade ainda não ensina ao profissional, e que com prazer escrevo hoje.
  1. Ter autenticidade  - Autenticidade não se ensina na academia, ser autêntico é valorizar-se, é confiar em si mesmo sem se sentir superior a outros, é saber colocar-se sem ser prepotente, é saber falar a verdade de forma clara, sincera e sutil. Procure conhecer a si mesmo e só depois o horizonte a seu redor, essa é a forma de compreender como as coisas funcionam e como deve-se colocar diante das situações, sem falsidade, rebeldia ou bajulações.
  2. Saiba trabalhar em equipe - Sim, trabalhos em equipe na faculdade é uma coisa....Na vida profissional é outra completamente diferente. Quando estamos organizando a equipe na faculdade procuramos os colegas que mais se identificam conosco ou os nossos amigos, no mundo profissional é outra história, na empresa é difícil escolhermos com quem iremos trabalhar e muitas vezes temos que fazer par com pessoas diferentes de nós, porém essa diferença pode nos ser útil, procure tirar proveito da complementaridade aprendendo com ela, tendo novos pontos de vista. Isso é trabalhar em equipe.
  3. Falar em público - Tudo bem, tudo bem, eu já sabia que você ia perguntar se na faculdade não se apresentam trabalhos "na frente" da sala, apresentam sim porém veja quantas vezes você se apresentou em anos de faculdade. Com certeza muito poucas vezes. Isso se dá porque na maioria das ocasiões quem apresenta é sempre aquele colega nosso que tem maior habilidade de se expressar ou de se comunicar. Você também pode e deve ter esse tipo de habilidade, falar em público é um pré-requisito básico para sua carreira, portanto, pratique e se puder faça cursos para aprimorar-se, recomendo um curso de teatro.
  4. Preocupe-se com seu marketing pessoal - Causar uma boa impressão não só no modo de vestir  mas também no modo de falar e escrever são ótimas maneiras de fechar boas parcerias e bons negócios. Quando digo "modo de vestir" não é se vestir bem ou com roupas caras, mas se vestir adequadamente à ocasião. Procure ser correto no escrever e no falar, não utilize de abreviações nem tão pouco de gírias, a forma como se expressa diz muito sobre a sua personalidade. Se preocupe com a sua saúde e higiene, sempre.
  5. Networking - Como está sua rede de relacionamento? Não se trata apenas de quantos amigos você possui nas redes sociais, mas quantos parceiros de negócio você poderia ter em sua rede profissional? Ao contrário do que muitos pensam, não se trata somente de que nossos conhecidos nos ajudem a encontrar trabalho porque estamos desempregados, embora este seja um motivo legítimo. O networking é toda uma filosofia que está baseada em compartir informações, conhecimentos, ideias e outros contatos. É estar disposto a ter pontes entre as pessoas e estabelecer relações de colaboração, é reconhecer nossa interdependência.

27 abril 2013

A magia do profissional.


Por Karim Midej Harfush
Muito treino e estudo são necessários para fazer que uma apresentação de mágica seja um sucesso, as habilidades a serem utilizadas são muitas como por exemplo a mecânica, que é ter facilidade em perceber e descobrir princípios de funcionamento de aparelhos e máquinas para aplicá-los em situações reais; temos também a memória que é a  facilidade em lembrar ou evocar algo conhecido anteriormente em suas diversas modalidades: a visual, auditiva, mnemônica etc e por fim as habilidades artísticas tanto as plásticas como as dramáticas (principalmente quando lida-se com o público) que completam o show, não esquecendo que tudo isso precisa ser efetuado com muita rapidez e exatidão fazendo com que o mágico tenha que pensar e/ou produzir muito em pouco tempo, tanto nas percepções como no raciocínio concreto e abstrato.
No mundo corporativo não é diferente se quisermos ter uma carreira de sucesso, precisamos estudar muito e ter habilidades que nos conduzam a uma execução perfeita de determinada tarefa e aos poucos conforme nosso crescimento profissional vamos conseguindo integrar e coordenar o conjunto de conhecimentos e atitudes que servirão para produzir nossas competências, dando-nos a oportunidade de diferenciação, de maior qualificação e de atendimento das expectativas e desejos que o mercado oferece. Portanto seja um profissional mágico, encante o mercado, produza efeitos memoráveis na mente dos seus colaboradores e dos seus clientes, dessa forma será difícilte esquecer.

26 abril 2013

A arte(?) de fazer nada.

 Muitas pesssoas acreditam que não fazer nada é a melhor opção para não se arriscarem na vida, estão redondamente enganadas. A passividade é sem sombra de dúvidas o maior dos riscos que qualquer pessoa corre, ver o tempo e a vida passar através do fracasso ou sucesso dos outros é o que chamamos de "vegetar", podendo até comparar com o triste sentimento que a árvore possui ao notar que a liberdade do pássaro o faz experimentar outros ambientes e oportunidades, enquanto ela coitada, mesmo sem raciocionar, continua ali parada e a mercê do lenhador. Que coincidência, pois esse é mesmo destino das pessoas inertes, serem a qualquer momento cortadas do seu meio, virando apenas mobília daquelas que apenas o tempo e os cupins se aproveitam.
Seja ativo e se permita a cometer erros, pois o pior de todos é de não fazer nada! Viva, arrisque, não acredite no impossível! O seu sucesso ou fracasso só depende de você!

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO EM FAVOR DO CONSUMIDOR

 *Laura Lima

Ser empresário em um mundo totalmente globalizado, onde o consumidor está cada vez mais ciente de seus direitos, e com os meios de comunicação evoluindo em progressão geométrica fez com que começasse a haver uma seleção natural,  onde o velho jargão volta a ser letra nova: QUEM NÃO TEM COMPETÊNCIA NÃO SE ESTABELECE!!! E somente os TITÃS, os bons permanecerão no páreo. Acabou a figura do fabricante/empresário meia boca, este está tendente a virar espécie em extinção.


Não adianta mais a ilusão do “jeitinho brasileiro” de que tudo se acomoda com o transpor do tempo!  -NÃO!!! Hoje o consumidor sabe que ele é quem tem o domínio nesta relação, e se não estiver bom para ele, se o produto não estiver a contento, dentro das normas legais, ele vai SIM recorrer a justiça para assegurar seus direitos, e provavelmente lá terá a proteção legal!!!


Uma das garantias trazidas pelo Código de Defesa e Proteção ao Consumidor é a inversão do ônus da prova.  Isto quer dizer que, os empresários devem ficar atentos para um critério que facilita aos seus clientes o acesso as provas de suas alegações na justiça. Pelo artigo  6º, inciso VIII, do CDC o dever de provar o alegado pelo cliente/consumidor caberá ao fornecedor de serviços e/ou produtos. Posto que, o consumidor é considerado a parte frágil, hipossuficiente desta relação. 


Desta forma a inversão do ônus da prova é direito básico do consumidor e matéria de ordem pública e interesse social.

Portanto, se a relação de consumo é uma relação jurídica que envolve dois sujeitos, consumidor e fornecedor, que celebram contrato entre si, e geram direitos e obrigações mútuos, mas opostos, visto que ambos tem direito ao recebimento de uma prestação, bem como tem o dever de cumprir uma obrigação. O fornecedor de produtos/serviços deve buscar a melhoria e adaptação as necessidades de seus consumidores, para evitar demandas judiciais, que não só trazem despesas com custos processuais e advocatícios , mas também para não se ver exposta na mídia, redes sociais como empresa constante na BLACK LIST dos consumidores.


Desta forma, mais uma vez deve-se frisar que o empresário/fabricante deve estar sempre buscando aprimorar a qualidade daquilo que ele oferece aos seus consumidores, como forma de também se precaver em relação a responder aos indesejáveis processos judiciais. O  grande segredo é agir rápido, começando a planejar o futuro de sua empresa imediatamente. Tal planejamento deve ser baseado em informações que o ajudem a encontrar a adequação de seu negócio as necessidades de seus consumidores de forma que sempre busque a plena satisfação dos mesmos. 

* Laura Lima Da Silva, advogada graduada em 1995 pela UESC, Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2003), e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional da Bahia, sob nº 14.340. Atua como advogada na áreas cíveis, comerciais e consumerista.
Colunista semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br

25 abril 2013

Planejamento Tributário

* Marcelo Santiago 


O Planejamento tributário nasceu no exato momento em que o Estado passou a ser mais voraz em suas necessidades. A forma como o Estado passou a se impor contra os seus contribuintes fez com que esses passassem a tentar reagir as contra “cobranças tributárias”.

Desde então passou a se instalar um raciocínio de defesa contra a ação de “tributar do Estado”, porquanto esta cobrança passou a ser em determinados aspectos muito injusta. Logo, o planejamento tributário é utilizado pelo contribuinte como arma para se proteger dos pesados ataques pelo poder público, especialmente as autoridades fazendárias. Através do planejamento é possível organizar e otimizar recursos de forma a reduzir gastos com tributos.
O principal objetivo do planejamento é a economia tributária através de procedimentos implementados à realidade da empresa, visando principalmente o não pagamento de tributos indevidos ou intempestivos, bem como o resgate daquilo que foi indevidamente pago.

A necessidade de um planejamento tributário já é fato para as grandes empresas e até mesmo as de pequeno e médio porte, visto que este estudo pode simplificar e facilitar o cumprimento das obrigações do empresário e ainda assim, minimizar os custos tributários, sem comprometer o resultado da arrecadação.

1. O que é Planejamento Tributário

Planejamento Tributário é a atividade preventiva que estuda, prepara e orienta a atividade empresarial de modo a obter dentro de parâmetros legais maiores economia tributária e fiscal.

O primeiro passo é entender o que é tributo que, de acordo com o Código Tributário Nacional no art. 3°: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Existem vários tributos existentes no Brasil, entre eles são classificados como taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório, contribuições especiais e impostos.

Para Alves (2006 p. 02): “planejamento tributário é a atividade que, feita de maneira exclusivamente preventiva, prevê, coordena e projeta atos e negócios com o objetivo de determinar qual é o meio menos oneroso para a realização destes mesmos atos e negócios”.

Planejamento tributário não deve ser confundido com sonegação fiscal. Planejar é escolher, entre duas ou mais opções lícitas, aquela que possa dar melhores resultados para a empresa. Enquanto sonegar, é utilizar-se de meios ilegais para deixar de recolher um tributo que é devido, assim como a fraude, a simulação ou a dissimulação, sendo o uso destas considerado como omissão dolosa tendente a impedir ou retardar o conhecimento do fato gerador da obrigação fiscal.

A lei nº. 4.729, de 14 de Julho de 1965, em seu Art. 1º define o crime de sonegação fiscal, como se segue:


Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal:

I – prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por leis;
II – inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública;
III – alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública;
IV – fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devido à Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis;
V – exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da pagam qualquer porcentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do Imposto sobre a Renda como incentivo fiscal.

Lei nº 4.729/65.
* Marcelo Santiago tem 34 anos, é Economista pela Universidade estadual de Santa Cruz - UESC. MBA em Controladoria pela Faculdade Internacional de Curitiba - Facinter. Professor de Economia/Controladoria e Mercado de Capitais. Sólida experiência em Gestão de Planejamento Estratégico e Planejamento Orçamentário.


Ouvir



*Luana Fernandes
Parece óbvio, mas é o erro mais comum. Quem já não passou pela situação de entrar numa loja e pedir ao vendedor um determinado produto e ele apresentar várias opções, menos a que você pediu. Isso acontece porque as pessoas não aprenderam a ouvir.
Estão preocupadas demais consigo mesmas para que consigam prestar atenção no outro. A sua meta, seu salário, suas contas, seus problemas, seu horário. E o outro? Em que momento você pára, para prestar a atenção no outro?
Seja em qual área trabalhemos, sempre estamos lidando com clientes (pessoas !!!) sejam eles internos ou externos. É fundamental aprender a ouvir o que esta pessoa está lhe transmitindo, seja de forma verbal ou não. As pessoas se comunicam de várias formas, e entender o que elas desejam, anseiam, é a base para o sucesso. Pois se você não compreende o que ela quer, jamais conseguirá entregar algo de valor para ela.
Portanto, ouça! Preste atenção e saiba perguntar. A pergunta instiga a pessoa a explicar melhor o que ela necessita e te mune de informações para que acerte o quanto antes. Pois seguidas tentativas frustradas na arte de entregar o produto/serviço certo para o cliente o desestimula a voltar em seu empreendimento. E com certeza não é isso que você quer certo? Portanto ....

*Luana Fernandes tem 28 anos, é administradora, personal & business coach e empresária. Tem MBA em Marketing Estratégico pela Faculdade de Gestão e Negócios – FAGEN – UFU em Uberlândia, Minas Gerais. 

24 abril 2013

Frases


Nossa débil Marina Silva



*Rogério Silva
Max Gehringer escreveu tempos atrás na Você S.A., manual de consulta indispensável dos estudantes de administração da minha época, que o adjetivo “inveterado” está mortalmente ligado ao substantivo “fumante”. Quando sumir da terra o último pitador de cigarros, exterminado pelas leis antifumo, levará consigo para o túmulo o tal adjetivo sem personalidade. Pois bem, plagio o velho lobo da administração e lanço mão do “débil”, cruelmente associado àqueles que nascem com deficiência cerebral, porcamente apelidados débeis mentais.

O débil é o frágil, sem musculatura, desprovido de força, em geral arqueado, esguio. Lembro-me de alguns famosos que nos surpreenderam... Einstein, Irmã Dulce, Jefferson Peres... E por falar neste último, reconhecido expoente do cenário político moderno no Brasil, invoco o nome da ex-senadora e ex-ministra do Meio-Ambiente Marina Silva.

Num país em que a pasta da Economia domina os noticiários há mais de dois séculos, é complicado comandar um ministério e ao mesmo tempo defender uma causa tão nobre e, na maioria das vezes, indigesta frente aos interesses dos poderosos. Durou muito dona Marina. Bem se via, não coadunava com os esquemas que estão por aí.  A débil Marina, coitada... Sem a tal musculatura, imaginada indispensável para tal tarefa, mexeu com o quadro político em 2010 e ameaçou gente grande. Diagnosticou em público que o partido no qual militou 20 anos, não era mais o mesmo e que seus heróis estão a morrer de uma overdose corrupta.

É... A débil Marina, de rosto magro, pele escurecida, nascida nos confins deste país tupiniquim, mais uma Silva. 
Que débil, que nada!
Admirável mulher.
Tentará pela segunda vez ser presidente da República? Uma pequenina mulher no comando do Estado Brasileiro?

Sinceramente, pouco importa para Ela. Investida de coragem, tomou a decisão de não ser conivente com a barbárie que sempre condenou. Desprovida de vaidade, saiu pela porta da frente de um Ministério que tem a atenção dos olhos do mundo, mas o desprezo de um governo que está preocupado com certezas menos nobres.  

Marina Silva não é nenhum mártir, nenhuma epopeia...  Não carrega multidões ao seu redor, não lota estádios ou distribui autógrafos.

É débil, é frágil, é Silva, é mulher... Marina não é a protagonista do filme de milhões de bilheteria. Talvez possa ser comparada ao contrarregra que está sempre a postos, de eficácia invejável e proatividade ímpar. Ela não se importa com isso, com o fato de ser coadjuvante. Mas ela é a melhor coadjuvante.  Porque nem só de galãs e estrelas sobrevivem os filmes.

Tem a minha admiração todos aqueles que, assim como Marina Silva, levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima quantas vezes forem necessárias, quantas vezes a vida lhes exigir isso, num sucessivo “começar de novo”.

Marina, débil, sem musculatura, arqueada, frágil.
Marina mulher, ousada, corajosa, talentosa, dinâmica, moderna, crente em suas convicções, firme nos seus propósitos, ilimitada de criatividade por ser quem é, como tantas que temos ao nosso redor.

E querem lhe puxar o tapete, com a proposta casuística, de dificultar criação de novos partidos, entre eles, a REDE. Êita Brasilzinho…!

(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal do Blogwww.administrandohoje.blogspot.com.br